Para Alberto Ikeda, professor de Cultura Popular do Instituto de Artes
da Unesp, é um equívoco resumir o
folclore às lendas e cantigas de roda. Para ele, estimular os estudantes a
pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode
ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. O estudioso
aponta que para aproximar o folclore da realidade dos alunos na Educação
Infantil, os educadores podem inserir nos planos de aula brincadeiras e
cantigas de roda (como ponto de partida e não como abordagem exclusiva). Além
de estimular o movimento, algo fundamental nessa etária, elas ajudam as
crianças a desenvolver a fala. Batucar e dançar ritmos regionais, por exemplo,
faz os pequenos entrarem em contato com manifestações artísticas locais, que
são expressões de sua cultura. "Começar com aquilo que o aluno traz
facilita o entendimento da diversidade cultural", diz Ikeda.
Fonte: PECHI, Daniela. O Jeito
Certo de Trabalhar o Folclore. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/jeito-certo-trabalhar-folclore-635351.shtml
Atentas
a essas recomendações, as educadoras do CEI Almerinda de Albuquerque
desenvolveram o projeto Aprendendo com o
Folclore.
1. GRUPOS ENVOLVIDOS: Educadoras, crianças
e pais do CEI Almerinda de Albuquerque
2.
JUSTIFICATIVA
As
crianças do CEI Almerinda de Albuquerque convivem com as tradições culturais
brasileiras durante todo o ano: cantam músicas folclóricas, dançam ciranda,
brincam com cavalinhos de pau, etc. O mês de agosto é, pois, mais uma
oportunidade para que os pequenos entrem em contato com as manifestações de sua
cultura.
Aproveitar a riqueza do folclore
brasileiro para enriquecer a linguagem, desenvolver a coordenação global e estimular a
criatividade das crianças.
3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Levar as
crianças a ter contato com algumas manifestações da cultura popular.
·
Resgatar
brinquedos e brincadeiras folclóricas a fim de valorizar nossas tradições
culturais.
·
Desenvolver
a linguagem oral por meio de lendas, músicas folclóricas, parlendas e
trava-línguas.
· Promover
momentos de musicalização a fim de levar as crianças a usar o corpo como forma
de expressão.
4. EXPERIÊNCIAS
Em atendimento à Resolução Nº 05 do Conselho
Nacional de Educação, durante o desenvolvimento do projeto serão garantidas às
crianças experiências que:
I - promovam o conhecimento de
si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas,
corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e
respeito pelos ritmos e desejos da criança;
II - favoreçam a imersão das
crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários
gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
V - ampliem a confiança e a
participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
VIII - incentivem a
curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à
natureza;
XI - propiciem a interação e o
conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras.
·
Envio de bilhete aos pais solicitando que
descrevam uma brincadeira de sua infância. (Compartilhar com as crianças).
·
Brincadeiras tradicionais (cirandas, jogos com
bolinhas de gude, pula-corda, etc.)
·
Corrida do Saci
·
Danças
·
Leitura de gravuras
·
Conto e reconto das lendas brasileiras
·
Desenho (representação das histórias/músicas)
·
Colagem (painel com personagens)
·
Trava-Língua
·
Adivinhas
·
Teatro de Dedoches/Fantoches
·
Aula de culinária e degustação de comidas
típicas
Nenhum comentário:
Postar um comentário