Recém-saídos do que Jacques Lacan denominou como estádio
do espelho (até mais ou menos os seis meses de vida, quando o bebê sente-se
como parte de um corpo fragmentado, completado por sua mãe), os pequenos do
Infantil 1 seguem adquirindo mais mobilidade e sofrendo influências do ambiente.
Assim, cada bebê começa a se perceber como um ser distinto. Quando colocado em
frente a um espelho, ele progressivamente reconhece a imagem refletida de seu
corpo e é a partir dessa experiência que o "eu" começa a ser
construído. Espelhos ajudam a criança a ter consciência dos limites do próprio
corpo e a observar os próprios movimentos, diferenciando-se dos colegas e do
ambiente. A fixação de três grandes espelhos no pátio do CEI Almerinda de
Albuquerque, além dos já existentes nas salas, foi a primeira providência
tomada antes do iniciar o projeto Eu,
Você e os Outros. Colocados na altura das crianças, já estão sendo
utilizados em atividades de reconhecimento da própria imagem. A educadora
Manuela Nepomuceno, depois de contar a história O Mistério da Caixa Vermelha (que traz um espelho na última
página), disponibilizou diferentes tipos de espelho (em caixas, com pequenas
molduras, em suportes de maquiagem, etc.) e, finalmente, levou os pequenos ao
pátio para que tivessem contato com a imagem do próprio corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário