segunda-feira, 2 de maio de 2016

NO MUNDO DE DONA GARATUJA

A turminha do CEI Almerinda de Albuquerque adora riscar e rabiscar. A partir dessa observação e considerando a importância do desenho como forma de linguagem, desenvolvemos o projeto No Mundo de Dona Garatuja, que apresentamos a seguir.




1.      IDENTIFICAÇÃO

Projeto: No Mundo de Dona Garatuja

Período: 02/05/2016 17/05/2013

Grupos Envolvidos: Crianças, educadoras e pais do CEI Almerinda de Albuquerque

2. JUSTIFICATIVA

      O desenho é precedido pela garatuja, fase inicial do grafismo. Semelhante ao brincar, a garatuja se caracteriza, inicialmente, pelo exercício da ação e, segundo Piaget (1971), passa a ser desenho a partir do reconhecimento pela criança de um objeto no traçado que realizou. O ato de desenhar contribui na elaboração conceitual dos objetos e eventos pelas crianças, além de desenvolver a coordenação motora fina, a organização do pensamento, a construção de noções espaciais, dentre outros aspectos. Nessa perspectiva, é fundamental que os educadores disponibilizem tempos, espaços e materiais para que essa forma de expressão possa estar presente na rotina das instituições de educação infantil.   
      Observamos, cotidianamente, o prazer que as crianças do CEI Almerinda de Albuquerque experimentam ao produzir marcas sobre papel, parede, bandeja, prato de papelão, tecido, etc. Os pequenos ficam bastante concentrados durante as atividades que envolvem ações gráficas e apresentam, orgulhosos, seus traços, riscos e rabiscos. Podemos dizer que a turminha está brincando com garatujas, mesmo que algumas crianças já comecem a atribuir significado aos seus traços. Perceber essa evolução levou as educadoras da unidade a desenvolver o projeto No Mundo de Dona Garatuja, cujo objetivo é oferecer às crianças oportunidades para desenhar livremente, em suportes de diferentes tamanhos e texturas; em posições variadas e usando diferentes materiais, a fim de que possam ampliar o desenvolvimento motor e fazer representações de suas ideias e sentimentos.


3.     OBJETIVOS

Levar a criança a:

·         Representar graficamente suas ideias e sentimentos, desenvolvendo sua sensibilidade, criatividade e modo peculiar de expressão artística.
·         Explorar materiais concretos variados, ampliando suas experiências sensoriais.
·         Desenvolver a coordenação motora fina
·         Construir noções espaciais
·         Ampliar o universo discursivo

4.      EXPERIÊNCIAS

Em atendimento às diretrizes da Resolução Nº 05, de 17 de dezembro de 2009, do Conselho Nacional de Educação, durante o desenvolvimento do projeto serão garantidas às crianças experiências que:
·         Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança.
·         Favoreçam sua imersão nas diferentes linguagens e o progressivo domínio das várias formas das expressões gestual, verbal e plástica.  
·         Recriem, em contexto significativo para elas, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais.
·         Ampliem a confiança e a participação nas atividades individuais e coletivas.

5.      ESTRATÉGIAS

·         Desenho livre e orientado em diferentes suportes (azulejo, jornal, papel madeira, forma de pizza, lousa, tecido, tela, saco plástico, lixa, pratos de papelão, bandejas de isopor, CD, etc.) e usando materiais variados (lápis comum, canetinha colorida, gizão de cera, marcador permanente, pincel de quadro branco, lápis de cor, carvão, guache, cotonete, esponja, barbante, cola colorida, tinturas de cenoura e beterraba...)
·         Exploração de Envelope de Gravuras (desenhos variados)
·         Roda de conversa sobre o tema
·         Produção de autorretrato
·         Produção de desenhos pelos pais/responsáveis, junto com as crianças
·         Visita ao Parque Ecológico Rio Branco (desenho a partir do passeio)
·         Exposição de desenhos para visitação da comunidade
6. AVALIAÇÃO
Parecer descritivo das educadoras sobre a evolução das crianças no que diz respeito ao desenvolvimento das ações gráficas e do uso da linguagem oral para apresentar suas produções. Os registros (escritos e imagéticos) deverão acontecer durante todo o projeto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução Nº 5. Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação Básica. Brasília, 2009.
FORTALEZA. Secretaria Municipal de Educação. Proposta Pedagógica da Educação Infantil. Fortaleza: PMF, 2009.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

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